Aventuras em CG - Parte Final
Meu amigo realmente é de roubadas e para todo lugar que íamos, precisávamos de carona (rs) que seus amigos, quase sempre, se dispunham a dar. Realmente ele conhece muitas pessoas legais naquela cidade, tanto que consegui comer e “quase não ficar de cara” graças a almas caridosas que me ofereceram comida de graça. Além de umas corridas de táxi que não paguei, senão ficaria por lá mesmo.
Chegando na rave, todos os problemas desapareceram de minha mente e o psy hipnotizou-me completamente. Das 1 às 8:30 da manhã eu consegui pular, dançar e andar pela granja – completamente ornamentada com desenhos que proporcionavam viagens legais para usuários de lsd – até que bateu-me o cansaço devastador. Enquanto para a maioria dos presentes a festa havia começado naquele momento, mesmo estando lá desde a mesma hora que eu, para mim não havia salvação, meus pés me matavam. Eu poderia voltar para casa naquele momento, já haveria ônibus, se não fosse por minha mochila estar na casa de um outro amigo que nem idéia eu fazia de onde morava.
Fiquei soltando maldições e pragas a todos os meus conhecidos que sabiam onde o dito cujo morava, desejei pés furados por cacos de vidro, hemorragias, over doses, mas não pensei no mais simples, cansaço... o que aconteceu rapidamente com meu amigo que parecia não ter tomado a mesma “vitamina” que os demais, mas faltava uma carona para ele e para mim. O que fazer agora?
Esperamos algum tempo até que finalmente apareceu um colega que nos deixaria em sua casa, mas eu queria pegar minha mochila e ir para casa, tinha prova na semana posterior e precisava estudar. Cavando um pouco com muito drama, descobri que ele morava perto do portador de minha mochila e assentiu com muita boa vontade em ir comigo buscar minha mochila e deixar-me na rodoviária, parecia um sonho.
Ele não sabia onde era a casa, então perdemos em torno de 20 min batendo de casa em casa para descobrir onde o maldito se escondia. Achamos, depois desse tempo, consegui provar que a mochila, de fato, pertencia a mim e corremos para a rodoviária.
Consegui pegar o ônibus das 9:30. Esperei sentado comendo um biscoito e água pra recarregar as energias perdidas. Quando se aproximou a hora da partida, encaminhei-me para a plataforma e vi o ônibus da Real Bus parado, vidros com película, design arrojado, ar-condicionado, poltronas de avião(exagero) e então eu me projetei dentro dele dormindo o sono merecido até chegar em casa. Ao me arrastar para perto do ônibus vejo uma lata velha, também da Real Bus entrar no estacionamento dos ônibus, aparentemente tinha ar-condicionado também, mas nem se aproximava da qualidade do que iria me levar para casa.
Para completa surpresa do leitor, é claro, eu voltei na lata velha, cochilando e acordando a cada 15 min por algum solavanco, parada ou grito de criança correndo dentro do ônibus. Eu realmente descobri porque existe passagem de estudante... mas valeu a aventura, agora é só esperar pela próxima... ou não!
Eduardo Leite
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