Monday, November 13, 2006

O que mais me atrai em você

Ao contrário do que pensam todos, o que mais me atrai em você não é a sua beleza. Ela é apenas um de seus atributos, e eu agradeço a Deus por ter sido escolhido para ter acesso exclusivo a ela.
Você não é alta, muito pelo contrário. E eu prefiro as baixinhas. Nunca escondi isso de ninguém. Seu tamanho sua branca cor da pele seus cabelos negros lisos e longos e seu corpo bem delineado fazem de você a mulher perfeita para mim. Você queria ter olhos verdes, mas o castanho deles é bem mais bonito. E combina mais contigo.

Contei pra todo mundo do dia que te conheci. Estávamos numa livraria, na mesma seção. Eu lia a orelha de um livro e perguntava para mim mesmo “será que tem o mais novo dele aqui?”. Ouvi alguém dizendo “tem sim”, mas imaginei ouvir vozes. Foi quando você ficou na ponta dos pés, pegou o livro, e o colocou em minhas mãos. Dizendo “é muito bom”. Eu agradeci, perguntei seu nome, conversamos um pouco. Nada de mais, me lembro muito bem disso.

Depois de virar as costas para pagar o livro e ir embora, quando já tinha me despedido de você, resolvi te chamar para tomar um café. Nunca fizera coisa parecida até então. Perdi a conta de quantas vezes fantasiei casos de amor com lindas mulheres que via nas ruas nos ônibus nas lojas ou em qualquer lugar que estivesse. Algumas delas até olhavam para mim, pareciam interessadas, mas me faltava coragem de ir até elas. Até aquele dia.

Mas enfim, fomos tomar um café. E conversamos bastante. Quer dizer, o que deu para conversar, em mais ou menos trinta minutos. Foi o tempo que durou aquele nosso “encontro”.

Trocamos telefones e eu te liguei alguns dias depois.

Isso aconteceu por culpa de sua gentileza. Característica que poderia ser a que mais admiro em você. Mas não é.

O mais engraçado nisso tudo é que antes desse dia na livraria eu me recordo de ter te visto. Depois desse meu primeiro contato contigo, passei a te ver com mais freqüência. E sem esforço. Você morava perto de minha casa e pegávamos a mesma condução para ir à faculdade. Alguns dias a coincidência era ainda maior, pois mesmo estando ambos se atrasados, nos encontrávamos.

Poderia enumerar muitas outras qualidades e características tuas que me deixaram apaixonado por você, mas nenhuma delas supera o teu jeito único de dizer “porra” ou de dizer “é foda, velho”, e fazer assim, batendo uma mão aberta na outra fechada.


Rafael Rodrigues

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