E o Josias de Alvarenga?
E vou logo pedindo perdão a algum possível Josias de Alvarenga que por ventura exista e leia este textinho. O nome me veio à mente sem motivo especial, pois nunca conheci indivíduo com essa alcunha.
Estava aqui a refletir sobre as generalizações que às vezes fazemos. Às vezes, nem tanto nós. Mas sim, eles. Os outros.
Por exemplo.
Trocentas vezes já ouvi dizer que Fulano de Tal, o qual todos conhecemos muito bem, é o maior escritor brasileiro de todos os tempos.
Tudo bem. Não sou eu quem vai contestar essa declaração. Ou proclamação. Porque parece que alguém, tal qual Dom Pedro I com a independência, proferiu tais palavras.
É certo que quem tem boca fala o que quer. Como eu, agora, escrevendo isso aqui, do jeito que bem entendo, sobre o que eu bem quero.
E o que digo, certamente muitos já disseram. E você já deve ter pensado. Direi o que direi e não sei exatamente o porquê de dizer. Falta de assunto, talvez.
Como afirmar, declarar, proclamar, que Fulano de Tal é o maior escritor brasileiro de todos os tempos? A não ser que ele tenha sido um gigante de 3 metros de altura, aí tudo bem. Mas não se trata disso, mas sim, de sua obra.
Vai me dizer então que o tal proclamador pesquisou por anos e anos a fio, toda a literatura produzida no Brasil. E não falo de toda literatura produzida, não. Ele pesquisou por todo o país, encontrou, leu, analisou, comparou, todos os escritos literários que foram escritos em terras tupiniquins. Tenham sido eles publicados, ou não.
Tá bem, vá lá, dou um desconto. Que sejam apenas os publicados.
O cara foi lá, leu tudo, analisou e comparou. E não foi só ele. Vários outros fizeram o mesmo, e chegaram a tal conclusão. Na verdade, acho que nem se deram esse trabalho. Seguiram a opinião do primeiro lá.
É por isso que, quando me meto a classificar algumas coisas, enfatizo no “a meu ver”, “na minha opinião”, e variantes.
“‘Crime e castigo’ foi o melhor romance que já li”. Não posso simplesmente afirmar que Dostoievski foi o maior escritor de todos os tempos. Coitado de mim. Não li 0,00000001% do que foi publicado na história da humanidade...
É preciso tomar cuidado com afirmações generalizadas desse tipo. E não vale só para a literatura. “Cicraninha foi a maior cantora de todos os tempos”.
Tanta gente nesse Brasil de meu Deus, e tão poucas oportunidades, será que o Josias de Alvarenga, poetinha lá de, sei lá, Pindamonhangaba, não morreu tentando publicar o livrinho dele? E será que ele não foi o nosso maior poeta de todos os tempos?
Nunca saberemos.
Estava aqui a refletir sobre as generalizações que às vezes fazemos. Às vezes, nem tanto nós. Mas sim, eles. Os outros.
Por exemplo.
Trocentas vezes já ouvi dizer que Fulano de Tal, o qual todos conhecemos muito bem, é o maior escritor brasileiro de todos os tempos.
Tudo bem. Não sou eu quem vai contestar essa declaração. Ou proclamação. Porque parece que alguém, tal qual Dom Pedro I com a independência, proferiu tais palavras.
É certo que quem tem boca fala o que quer. Como eu, agora, escrevendo isso aqui, do jeito que bem entendo, sobre o que eu bem quero.
E o que digo, certamente muitos já disseram. E você já deve ter pensado. Direi o que direi e não sei exatamente o porquê de dizer. Falta de assunto, talvez.
Como afirmar, declarar, proclamar, que Fulano de Tal é o maior escritor brasileiro de todos os tempos? A não ser que ele tenha sido um gigante de 3 metros de altura, aí tudo bem. Mas não se trata disso, mas sim, de sua obra.
Vai me dizer então que o tal proclamador pesquisou por anos e anos a fio, toda a literatura produzida no Brasil. E não falo de toda literatura produzida, não. Ele pesquisou por todo o país, encontrou, leu, analisou, comparou, todos os escritos literários que foram escritos em terras tupiniquins. Tenham sido eles publicados, ou não.
Tá bem, vá lá, dou um desconto. Que sejam apenas os publicados.
O cara foi lá, leu tudo, analisou e comparou. E não foi só ele. Vários outros fizeram o mesmo, e chegaram a tal conclusão. Na verdade, acho que nem se deram esse trabalho. Seguiram a opinião do primeiro lá.
É por isso que, quando me meto a classificar algumas coisas, enfatizo no “a meu ver”, “na minha opinião”, e variantes.
“‘Crime e castigo’ foi o melhor romance que já li”. Não posso simplesmente afirmar que Dostoievski foi o maior escritor de todos os tempos. Coitado de mim. Não li 0,00000001% do que foi publicado na história da humanidade...
É preciso tomar cuidado com afirmações generalizadas desse tipo. E não vale só para a literatura. “Cicraninha foi a maior cantora de todos os tempos”.
Tanta gente nesse Brasil de meu Deus, e tão poucas oportunidades, será que o Josias de Alvarenga, poetinha lá de, sei lá, Pindamonhangaba, não morreu tentando publicar o livrinho dele? E será que ele não foi o nosso maior poeta de todos os tempos?
Nunca saberemos.
Rafael Rodrigues
2 Comments:
Muito bem colocado Rafael. Quem faz uma afirmação dessas deve se dar muito crédito, se achar o último biscoito do pacote, coisas do gênero. Nunca devem ter lido o 3 vozes por exemplo rs.
Abração
Boa companheiro! escrevendo assim e trabalhando contra essa soberda está com certeza no caminho do pote de outro ou do paraíso se preferir...
3 beijos
3 abraços
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