Saturday, April 22, 2006

Como uma coisa puxa a outra

Aqui na cidade está acontecendo a não sei qualgésima Micareta de Feira. Carnaval fora de época, como vocês devem saber.

Os trios fazem a folia em uma das principais avenidas da cidade. Com isso, algumas ruas foram fechadas e o trânsito alterado. Em decorrência disso, de uma gripe querendo me pegar, do frio que tá fazendo (esfriou muito por aqui), fiquei em casa hoje o dia todo.

Não tô com um pingo de vontade de ver os blocos. A violência tá tomando conta da festa. E eu tenho amor à minha vida. Até já curti, não vou mentir. Mas desde o ano passado que não chego nem na rua. Também não fui ver Cássia (foi niver dela anteontem, dia 21!, aí claro que eu fui lá hehe) hoje. Tá complicado de ir na casa dela, justamente porque pra ir pra lá, tem que passar pela tal avenida.

E aí acordei 11 e tanta e fiquei vendo tv o dia todo. E esse post é consequência disso.

Na verdade, eu tinha colocado um dvd, "Uma vida iluminada", com o Elijah Wood, o carinha que fez o Frodo (acho que é esse o nome) em "Senhor dos anéis". O Elijah Wood também participou de "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" e fez o mudo-doentemental-psicopata-assassino em "Sin city".




Pois sim. Tava assistindo de boa, até que chegou um pessoal aqui em casa. Daí tive de parar o dvd pra fazer sala pra um tio e tal. Nisso, fiquei pulando de canal em canal, procurando algo que prestasse.

Depois de ver Bruno de Luca dando uma rapidinha na casa de Latino (atração bizarra do Caldeirão do Hulk) (ops, Huck), coloquei no GNT ou GloboNews, e tava passando um documentário sobre a seleção brasileira de 70. E isso é o ouro.

Rapaz, a seleção de 70 foi A seleção. Mostraram somente os gols, e a trajetória da equipe rumo à conquista do terceiro mundial. Meus amigos, Pelé não é gênio à toa. E aquela seleção com certeza foi uma das duas melhores seleções que tivemos.

Se o time de hoje jogasse contra o de 70, levava uma goleada. E não só por causa de Pelé. Gerson, Rivelino, Tostão, Didi, Jair, Carlos Alberto... caraca, show de bola demais.

O que me deixou assombrado foi ver como o Pelé tratava a pelota. Ele dando um passe é uma coisa de outro mundo. Ele tratava a bola com displiscêcia (será que escrevi certo?) e carinho, ao mesmo tempo. Algo do tipo como a mulher que, pra você conquistar, você tem que mimar e desprezar ao mesmo tempo.

Pelé, além de goleador, foi um exímio assistente. Muitos gols foram feitos depois de ele dar o passe. E que passes. Como se ele pensasse: "Ah, toma aí vai", olhando meio de lado, tocando meio com dezprezo, APARENTEMENTE.

Porque todo seu amor estava ali, em cada um daqueles passes.


Rafael Rodrigues



P.S.: "Uma vida iluminada" é um filmaço. Elijah Wood é Jonathan Safran Foer, um jovem escritor americano que, após a morte de seus avós, resolve ir até à Ucrânia desvendar o passado de seu avô, que foi salvo dos nazistas por uma garota chamado Agustine, ou Augustine, não me recordo o nome exato agora. O filme é baseado no livro "Tudo se ilumina", do jovem escritor americano Jonathan Safran Foer que realmente foi à Ucrânia em busca da mulher que salvou seu avô dos nazistas, mas nada encontrou. Suas anotações da viagem somadas à invenções de sua mente se tornaram o romance, que posteriormente foi transformado em filme. "Tudo se ilumina" é um grande sucesso literário nos EUA e foi publicado no Brasil pela Editora Rocco. Estou com ele aqui pra ler, em breve uma resenha dele sai em algum lugar hehehe

1 Comments:

At Sunday, April 23, 2006 3:15:00 PM , Anonymous Anonymous said...

Não sou grande entendido de futebol, mas acho perigosa essa comparação de que se a de 70 jogasse contra a de 2006 daria uma goleada. É difícil você comparar as táticas antigas com as de hoje. A preparação, tudo, tudo, etc. Até porque tudo evoluiu.

 

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